Texto e foto: Sandra Paz
O sexo não é apenas um ato de reprodução, e muito menos somente de prazer. Isso muita gente já sabe. Levar uma vida sexual ativa faz com que pessoas tenham uma saúde melhor. Mas não é apenas fazer sexo, é preciso envolvimento, diálogo, conhecimento e respeito dos limites de ambos. A revolução sexual feminina tirou o assunto de cima de cama e o levou para as conversas de família, na hora do jantar, para roda de amigos. Fazer vista grossa ou deixar que as pessoas continuem vivendo como se este fosse um assunto nada comum de ser debatido, causou a banalização do sexo: a mídia explora escancaradamente o assunto, há um bombardeio de estímulos, os adolescentes iniciam sua vida sexual cada vez mais cedo sem saber o que estão fazendo direito e, ainda assim, discutir sexo com responsabilidade e cuidados ainda é tabu.

Rosa Maria Gomes Matias, psicóloga, psicopedagoga, Dra. Em educação e Mestre em Administração de Negócios e Recursos Humanos.
Tabus femininos: a psicóloga Rosa Maria Gomes Matias, doutora em educação e mestre em administração de negócios, especialista em recursos humanos, psicanalista e psicopedagoga, está acostumada a receber pacientes femininas em seu consultório com dúvidas ou problemas relacionados á sexo. Segundo seu relato, ainda é comum ver mulheres que sofrem devido a repressão na qual foram criadas, problemas com o companheiro e frigidez. As primeiras experiências, ou a forma como se deram podem marcar para sempre a vida de uma pessoa: “Existem n coisas que surgem lá no meio do caminho e as vezes as pessoas vem procurar a terapia um pouco tarde. A verdade é essa”, diz Rosa. Ela ainda ressalta que há casos em que ela conta com o envolvimento de outros profissionais como ginecologistas e, até mesmo terapeutas que auxiliam a paciente na descoberta de seu próprio corpo.
Orgasmos fazem bem á saúde: Rosa Maria é precisa ao falar dos benefícios de uma vida sexual ativa: “Tem uma questão física, é comprovado que a necessidade sexual é uma necessidade primária tanto no homem quanto na mulher. Nós precisamos ter aquele momento da descarga de uma energia maior do orgasmo, para conseguir ter essa regulação do instinto da preservação da necessidade. É natural, é físico, faz bem ter orgasmo”. Os benefícios psicológicos estão aliados à aceitação, auto-estima e ao social. Principalmente nas mulheres, a satisfação sexual reflete numa resposta do próprio corpo. Não é raro acharmos que uma mulher está diferente quando ela está bem resolvida dentro de seu relacionamento.
Sexo e amor: segundo a psicóloga, as mulheres não conseguem separar sexo de amor: “Eu não sei se um dia elas conseguiram separar”. Rosa afirma ainda, que sexo e amor estão muito ligados a respeito. A comunicação é um canal de extrema importância para se manter uma vida sexual ativa e prazerosa. É importante que seja quebrada a barreira da vergonha entre o casal e o diálogo seja aberto.
O papel dos homens: para João Paulo Soares, 24 anos e Gilson Costa 27 anos, as mulheres procuram sexo sem compromisso: “As mulheres tem uma necessidade de sexo, porém um sexo sem comprometimento, um sexo mais casual, coisa que antes não se via. Mulheres solteiras não mostram interesse de algo a fim de ter continuidade. Só sexo acabou cada um para o seu lado”, afirma João. Para Gilson a sexualidade feminina pode ser comparada com a masculina: “Sou casado, mas não é fácil. As mulheres hoje em dia te impulsionam a querer algo, aguçam a sua mente”. Questionados se a infidelidade masculina é culpa das mulheres, ambos são unânimes em dizer que sim: “A traição ta muito grande devido a perda de sentimento da mulher”, afirma o estudante. Na visão da psicóloga Rosa, os homens desejam sim esta mulher resolvida e atirada na cama, mas eles não sabem o que fazer com ela: “O homem morre de medo de encontrar essa mulher. Se formos analisar o inconsciente masculino, o homem tem uma alma dentro dele que quer preservar o instinto masculino. Então ele quer ter o poder sexual, ele quer comandar a relação”, declara Rosa que afirma ainda que o homem esteja em evolução nesta questão.
Revolução sexual feminina: a psicóloga Rosa relata que um dos grandes fatores que impulsionou a revolução sexual feminina foi a independência financeira, pois a mulher passou a ter maior participação no mercado de trabalho. Isto colaborou de forma significativa para que ela se tornasse uma pessoa possuidora de suas vontades e desejos. Hoje, a mulher procura não só um parceiro mais um companheiro, alguém que possa lhe trazer segurança e realização sexual. Segundo uma pesquisa realizada na zona sul, com mulheres de 18 a 35 anos o grau de satisfação com seus parceiros é bom. Entre os lençóis, elas têm mantido uma vida sexual ativa, com freqüência média de três vezes por semana. Suas vidas sexuais só não são melhores devido ao fato do acúmulo de atividades ao qual são sujeitas como trabalhar e cuidar dos filhos, da casa e do marido.
Sexo e Gravidez: o sexo continua fazendo milagres para a saúde da mulher mesmo na gestação. Para Viviane casada, 25 anos, grávida de seis meses de sua segunda filha, as transformações físicas no corpo da mulher não atrapalham na hora da transa, pois é possível encontrar posições favoráveis ao casal e que tenham o mesmo nível de prazer que eles encontravam antes da barriquinha crescer. A mamãe de segunda viagem informou que a sua libido aumenta depois do segundo trimestre, nesta fase já passou o período de sonolência e enjoo, ela se apresenta mais disposta para o sexo. No entanto é necessário obter cuidados com as extravagâncias, pois podem surgir eventuais problemas neste sentido, no mais seu ginecologista a recomendou a praticar sexo ate o final da gestação , segundo ela esta prática é saudável para as gestantes pois nesta fase o orgasmo costuma ficar mais intenso.
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