quarta-feira, 13 de maio de 2009

Hospital Universitário promove programa antitabágico

João Paulo Lotufo medico pneumologista da Universidade de São Paulo, coordena palestra para dependentes químicos.
Texto e foto: Valter Santos


Dr. João Paulo Lotufo, 47, Pediatra e Pneumulogista do Hosítal da USP


Tabagismo é o ato de consumir cigarro ou outro produto que contenha o tabaco, cuja droga tem como seu principio ativo a nicotina. Esta substância pode ser inalada através de cigarro ou charuto ou aspirado e até mesmo mascado em forma de fumo-de-rolo. Porém em todas as suas formas ele é maléfico à saúde. A nicotina consumida em excesso pode acarretar ao usuário doenças crônicas como problemas cardiovasculares, a hipertensão, o infarto, a angina, e o derrame. O uso diário do tabaco também é responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar.

Grupo antitábaco: defendendo a tese em que o uso do cigarro é um problema mundial, o Hospital da USP (Universidade de São Paulo) tomou a iniciativa de ajudar dependentes do cigarro a parar de fumar criando o grupo antitabágico. O programa é voltado para funcionários da universidade e toda a comunidade de São Paulo. As palestras são ministradas pelo doutor João Paulo Lotufo de 47 anos, pediatra e pneumologista do hospital, com auxilio de psicólogos e nutricionistas. A função do grupo é mostrar os males da dependência química, orientar os pacientes a parar de fumar, expor o perigo do cigarro na adolescência e o risco da dependência química para as mulheres. Através deste método de tratamento que José Carlos eletricista de 28 anos conseguiu se livrar do vicio: “Fumava em média oito cigarros diários. Na reunião, o Dr. João Paulo me explicou que eu possuía uma dependência comportamental e não química, pois oito cigarros era muito pouco para um dependente químico. A partir daí parei de fumar”, confirma o paciente.

Fumo e gestação: entre as mulheres que fumam, o seu maior risco é durante a gravidez. O fumo afeta a gestação da criança, diminui a quantidade de oxigênio e de nutrientes para o feto, aumentando a probabilidade de abortos e partos prematuros. É o caso da dona de casa Maria clara de 32 anos internada no Hospital Universitário com problemas na gravidez: “Quanto maior o número de cigarros fumados, menor será o peso do recém-nascido”, conclui João Paulo Lotufo.

Fumantes por tabela: outro fator importante relacionado em suas palestras está relacionado aos fumantes passivos. São todos os indivíduos que convivem com fumantes e acabam inalando através da fumaça do cigarro derivados do tabaco em ambientes fechados, existe um empenho mundial em alertar as pessoas, como placas e anúncios delimitando o espaço para os fumantes. “A maior parte dos cigarros não são fumados por prazer, mas por dependência química, embora o fumante sinta prazer em fazê-lo. Fumar de forma regular é uma doença, igual ao alcoolismo”, relata o Doutor.

Lei antitábagismo: desde o último dia 7, os paulistanos encontraram mais uma razão para parar de fumar. Não são somente os perigos nocivos à saúde, mas uma Lei aprovada que proíbe o fumo de cigarros e derivados do tabaco em locais de uso coletivos, sejam privados ou públicos, ficando restrito somente nas ruas em que não haja telhado ou toldos e em casa. A Lei foi proposta pelo Governador de São Paulo José Serra. Alguns donos de estabelecimentos como hotéis e restaurantes julgam que a proibição fere direitos individuais que são garantidos pela constituição. Entretanto, a constituição também garante os direitos coletivos. Na dúvida e diante de tantos males causados pelo cigarro, o melhor é pensar em parar de fumar.

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