quinta-feira, 20 de novembro de 2008

SAÚDE

A crise é hipertensiva


Pressão alta é um problema que dificulta a vida e o bem estar de muitas pessoas. Cansaço, falta de ar, tontura e fortes dores de cabeça atingem os portadores desse mal.

O fator preocupante é quando os sintomas não cessam e o paciente continua sem procurar um médico. Muitos chegam tarde ao hospital e descobrem que tiveram um AVC ou quase um derrame.

Geraldo de Campos, de 52 anos diz que descobriu a doença há pouco tempo e junto com ela ficou sabendo que tinha colesterol e triglicérides alto: “O problema é que tem gente que não gosta de tomar remédio todos os dias. Eu já me acostumei, percebi que quando não tomo, fico mais acelerado, meu coração bate fora do ritmo”.

Prevenção, acima de tudo - A prevenção é algo de extrema importância para quem não quer ser surpreendido por esses problemas. Evitar sal desde cedo é algo que todos sabem que faz bem à saúde, mas insistem com esse hábito. Sal marinho também ajuda muito, já que é natural e mais forte, por isso, usado em menos quantidade.



Controle do peso, do sal, exercícios físicos e hábitos saudáveis podem oferecer ao paciente uma vida tranqüila e longe das preocupações com a pressão.


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Obesidade: descuido ou genética?

Por Gabriela Campos


O excesso de gordura corporal pode ser a causa de várias outras doenças e entre elas está a pressão alta, dores nas costas, problemas na coluna, cardiovasculares e uma infinidade de complicações.Infelizmente a medicina ainda não conseguiu alterar a genética e hereditariedade, por isso, filhos de pais obesos, têm grandes chances de também serem obesos.Apesar disso, o ganho de peso está sempre associado ao aumento de ingestão alimentar, muitas vezes por causa da ansiedade e stress.



Genética? - O fator genético entra quando o gasto energético é baixo, assim como o dos pais.Pesquisas da ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade, indicam que o número de obesos está aumentando cada vez mais, não só no Brasil, mas principalmente nos Estados Unidos.É evidente que existam "gordinhos felizes", que não ligam para o julgamento alheio, simplesmente sentem-se felizes da forma que são. É o caso de João Carlos Mattiello, que diz já ter sofrido com preconceitos e humilhações: "Na escola, eu era motivo de piada, mas nunca me abalei com isso, às vezes me sinto mal por não ser magro, também sinto um grande preconceito com os obesos em ônibus e cinema. Sinto que a sociedade em geral recrimina. Minha condição física só me preocupa mesmo em relação à saúde".


A saúde é o que realmente preocupa, não só portadores da doença, mas estudiosos que estão presenciando a obesidade se alarmar. Alguns optam por uma forma de emagrecimento que aparentemente é mais simples. Dietas perigosas e remédios controlados são exemplos disso. Cristiane Pinheiro que já fez cirurgia de redução de estômago diz que quase todos em sua família têm tendência a engordar e procurou mudar isso, inicialmente, não da melhor maneira: "Tentei tratamento com várias dietas, mas não consegui seguir à risca e optei por inibidores que mais tarde foram substituídos pelos remédios tarja preta. Mesmo assim, todos sem sucesso".


É preciso primeiramente uma preocupação com a vida do ser humano que está em jogo. Em busca do dinheiro, pessoas não autorizadas descrevem receitas e regimes absurdos. Vale lembrar, se é que é preciso, que a estética é sim importante para satisfazer o ego de cada um, mas a importância da saúde é indiscutível.

Foto: João Martiello por Gisele Garcia
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Um Gesto de Amor
Não custa nada e faz a diferença na saúde do bebê
Por Gisele Garcia

O leite materno é o único alimento que o bebê precisa até os seis meses de vida. Estudos realizados mostram que é a melhor escolha para a mãe e o bebê, pois o protege contra doenças e diminui riscos de câncer de mama e ovário nas mulheres, sem contar que o momento da amamentação fortalece ainda mais a relação entre os dois já que nesse momento é transmitido amor, carinho e a segurança para o desenvolvimento da criança. A importância do pai nesse momento é extremamente importante, pois a mãe sente-se segura e tranqüila, podendo assim amamentar por mais tempo.

Rosemeire Gomes, mãe do Kauan Gomes não se arrepende de amamentar seu filho, hoje com 06 meses. “Apesar das mudanças que o corpo sofre, o mais importante é a saúde dele, o resto a gente resolve”.

A pequena Rita de Cássia de apenas oito meses, filha de Maria Aparecida Almeida é exemplo vivo de como faz diferença a criança que é amamentada daquela que não é. O seu primeiro filho Felipe não pegou o peito desde o início e teve várias gripes, resfriados e sempre estava em tratamento médico. Já a caçula consegue amamentar sem problemas, teve orientação desde o pré- natal. Sem contar que “o leite do peito não custa nada, isso já é uma economia, está pronto e quentinho na hora que ela quiser”, afirma a mãe.

Com Gislene Silva foi triste a fase da amamentação, apesar de ter feito o pré-natal particular, reclama que não teve orientação de seu médico sobre amamentação e dos preparos que poderia fazer. Somente após o nascimento de Mariana descobriu que não tinha bico do seio. “Fiz de tudo para tentar reverter a situação para conseguir amamentar, mas já era tarde e tive que complementar a alimentação da minha filha com leite artificial.”

Às vezes conciliar a vida profissional com o “ser mãe” também não é nada fácil, pois apesar das revoluções feministas e lutas por direitos iguais, ainda a maior parte das questões familiares ficam a cargo da mulher, principalmente na fase da amamentação. Talvez seja por isso que muitas desistem na primeira dificuldade, se preocupam mais com a estética e até mesmo com o próprio trabalho.

Para Gisele Gonçalves, mãe de Miguel Gonçalves de sete meses, amamentar fazia parte do “pacote de ser mãe”. Preparou-se durante o pré-natal, recebeu incentivo de seu médico e continuou mesmo depois que voltou ao trabalho, pois armazenou o leite. Uma rotina que segue religiosamente todos os dias: carrega sua caixa térmica para onde quer que vá, pois às vezes está no escritório e outras vezes necessita realizar visitas externas, mas lá está com sua caixinha. Assim seu bebê continua com a mesma rotina de quando nasceu, acorda duas vezes na madrugada para mamar, durante o dia se alimenta do leite estocado e quando ela retorna no começo da noite ele já está a sua espera com o sorriso no rosto. “Amamentar é amor, a troca de afeto neste momento é muito especial, sinto como uma extensão do vínculo que tínhamos durante a gestação, meu filho é uma criança saudável e em todos os retornos ao pediatra a avaliação é sempre ótima!”

Vale ressaltar que esse assunto não é exclusivo das mulheres, afinal o pai presente desde o início, pode colaborar nesse período. Marcos Grego chegou a um consenso com a esposa Isabel quando planejaram ter um bebê de que “a amamentação é tão importante quanto a vacinação”. Marcos se fez presente em todas as fases da gestação de sua esposa, acompanhou as consultas, aos exames e principalmente a hora do parto, sua maior emoção. Nos primeiros dias o leite empedrou e ela sentia muitas dores e pensou em desistir, com a ajuda do médico, Marcos seguia todas as recomendações e cuidados com sua esposa para que ela continuasse amamentando. Ajudou nas massagens circulares nos seios, preparando água morna, adquiriu uma cadeira confortável para amamentação. “Minha filha mamou por 01 ano e graças a Deus tomou seu 1º antibiótico com quase 03 anos de idade.”. Enfatiza todo orgulhoso!

Realmente é possível afirmar que a amamentação é bom tanto para a mãe quanto para o pai e melhor ainda para o bebê que pode ter seu desenvolvimento saudável e feliz com alguma dor, mas que na verdade torna-se um gesto de amor e bem-estar para toda a família.

Foto: Gisele Gonçalves por Gisele Garcia


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Riscos do HPV
Por Margrid Holschuh


O HPV é um vírus que vive na pele e nas mucosas genitais. As doenças mais comuns mostram crescimento limitado e regridem espontaneamente após uma resposta imune. Uma das características desse vírus é que ele pode ficar instalado no corpo sem se manifestar, entrando em determinadas situações, como na gravidez ou numa fase de estresse, quando a defesa do organismo fica abalada. Na entrevista com Dr. Carlos Henrique Ribeiro, você confere quais os cuidados, os métodos de prevenção, como o vírus se manifesta no corpo e o que deve ser feito caso a doença seja contraída.

Quais os tipos de HPV com risco de câncer?
Existem mais de 100 tipos de HPV identificados, de 15 a 20 desses tipos de vírus podem causar lesões que não tratadas adequadamente podem ou não setransformar em câncer do colo uterino. Os tipos de médio e alto risco são 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56 e 59.

Todos os tipos de papilomavírus podem se transformar em um tumor maligno?
Não. Alguns promovem lesões que não evoluem para o câncer do colo uterino.

Existem vacinas contra o HPV? Como ela funciona?
Sim. Hoje as pessoas têm a opção da vacina para se proteger. Ela induz a produção de anticorpos que neutraliza o vírus e impede a infecção no futuro.

Como a vacina é feita? Existe risco de infecção pela vacina?
A vacina é feita em laboratório a partir das informações genéticas do próprio HPV, estimulando a produção de anticorpos ( defesa ) do próprio organismo, não havendo risco de infecção através da vacina pois, não é feita com o vírus do HPV propriamente dito.

Qual é a garantia que as pessoas possuem de proteção após a vacinação?
A vacina protege os dois tipos mais comuns de HPV o 6 e 11, além dos dois tipos mais perigosos que provocam o câncer de colo do útero, o 16 e 18, no qual são responsáveis por mais de 70% dos casos desse câncer.

Os HPVs são facilmente contraídos?
Sim. As pessoas devem obter o máximo de cuidado. O HPV pode ser transmitido através de uma toalha ou qualquer outro objeto, porém a transmissão sexual é a forma mais comum que adquirir o vírus.

Em que locais do corpo são encontrados os HPVs?
Nas mulheres o vírus é localizado na região da vagina, vulva, colo do útero, na região anal e perianal. Nos homens são encontrados na uretra, pênis, reto e na região do ânus.

Como são essas infecções?
A infecção por HPV pode não apresentar nenhum sinal ou sintoma, às vezes é necessário fazer o diagnóstico de exame médico para identificar. As lesões são pequenas ou grandes verrugas encontradas em locais infectados.

Qual é o risco de desenvolver câncer do colo do útero?
Estudos têm demonstrado que mais de 99% dos casos de câncer de colo do útero pode ser atribuído por alguns tipos de HPV, logo se não houver informação e prevenção o risco é consideravelmente alto.

Há algum fator que aumenta o risco de desenvolver câncer do colo do útero?
Existem vários fatores que comprovadamente aumentam o risco de desenvolver o câncer do colo uterino, além da infecção por vírus, tais como multiplicidade de parceiros sexuais, início precoce da vida sexual, fumo, multiparidade (três ou mais partos), uso de contraceptivo oral, baixa ingestão de vitamina A e C e baixo nível socioeconômico são fatores que podem sim levar a infecção do HPV.

Como as pessoas podem se prevenir dos HPVs?
A informação é o primeiro passo, o uso de preservativo ajuda a reduzir o risco de transmissão, porém não são capazes de prevenir completamente a infecção, limitar o número de parceiro é uma boa norma para se proteger do vírus.

Camisinha evita contágio?
O contato genital pode promover a infecção, como os preservativos não cobrem todas as áreas da região genital, não são capazes de proteger totalmente da infecção.

O HPV pode levar à morte?
Diretamente não, porém o vírus induz lesões que podem se transformar em câncer de colo uterino, nestes casos sem o cuidado devido poderá levar o paciente à morte.

Foto: Dr. Carlos, por Gisele Garcia

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Doar faz bem!
Hospitais dão o sangue por mais doadores
Por Juliana Carvalho

O ato voluntário da doação de sangue representa a esperança de vida para muitas pessoas que dependem de transfusão para sobreviver. Apenas 2% da população brasileira têm o hábito de doar sangue. Dados da OMS - Organização Mundial de Saúde apontam que é necessário que 4% da população adquiram a prática de doar sangue para que os bancos de sangue estejam sempre abastecidos para atender a demanda de transfusões.

O “Dia Nacional do Doador de Sangue” é celebrado no dia 25 de novembro com o propósito de homenagear o doador e também conscientizar a população da importância da doação de sangue pelo menos duas vezes ao ano. O dia é comemorado propositalmente em novembro, pois é nesta época que acontece uma queda de até 70% na coleta de sangue devido à época de festas e férias, em contra partida o número de acidentes cresce e aumenta à procura.

Um dos motivos que ainda impedem que a população pratique com mais freqüência o ato de doação são os “mitos”, como por exemplo, se o sangue engrossa ou afina, se doar emagrece ou engorda e se os doadores correm riscos de contaminação. É importante que o doador saiba que todo o material utilizado na coleta é descartável. Todos os procedimentos usados nas doações ocorrem de acordo com as recomendações da OMS e antes da doação a pessoa passará por uma triagem clínica com um profissional da área da saúde que poderá sanar todas as dúvidas e também ser avaliado em todos os aspectos.

Ao contrário de alguns que ainda temem doar sangue, Gilson Lima doador há 10 anos começou o seu ato do bem após um acidente de um amigo que precisou de transfusão de sangue, de lá pra cá não parou mais, faz a doação três vezes ao ano. Segundo Lima é preciso que haja mais divulgação para atrair doadores. “É necessário mais campanhas agressivas que mostrem a realidade e a necessidade, também a facilidade que é doar sangue, e que as pessoas não vão contrair doenças. Quebrar barreiras, preconceitos e outros tabus”.

Andréia Rosa começou a doar sangue há 11 anos devido à doença do seu irmão, Anemia Falciforme. “Dependendo das crises ele precisava ficar internado para receber concentrado de hemácias, então percebi a importância da doação enquanto acompanhava meu irmão no hospital, analisando a necessidade das pessoas e a carência dos bancos de sangue”.

É importante deixar bem claro para a população que o sangue doado é reposto pelo próprio organismo e doar é simples, rápido e seguro. O doador tem que preencher alguns requisitos como ter entre 18 e 65 anos, pesar no mínimo 50 quilos, não ser usuário de drogas ilícitas injetáveis, não ter comportamento sexual de risco e não ser portador de doenças transmissíveis pelo sangue como hepatites B e C, Vírus HIV, Doença de Chagas e Malária.

A luta continua, os hemocentros e hospitais fazem um trabalho árduo o ano inteiro para atrair mais doadores fidelizados de sangue, anos após anos as campanhas aparecem cada vez mais para mobilizar a população que doar faz bem a vida e ao próximo.

Foto: Gisele Garcia

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Cirurgia Plástica - Operar ou não?
Por Margrid Holschuh

Cirurgia plástica é um desejo de muitas pessoas, porém, gera dúvidas. Afinal quais são os cuidados que devemos ter quando optamos em fazer uma cirurgia plástica? Esta e outras dúvidas você confere em uma entrevista exclusiva com Dr. Esaú Ferraz de Almeida, especializado em cirurgia plástica há mais de 30 anos.




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AIDS, uma luta entre o preconceito e o medo
Além de lutar contra a exclusão social, pacientes soropositivos enfrentam o medo contra os efeitos colaterais dos medicamentos
Por André Luiz


Desde o surgimento da AIDS, o constante desenvolvimento de novos medicamentos vem prolongando significativamente a vida dos portadores do HIV ao dificultar a multiplicação do vírus. Os medicamentos adiam o início dos sintomas da doença, diminuindo o ritmo da redução das células de proteção do sistema imunológico. Mas, ainda assim, não conseguem eliminar o HIV do organismo. Outro grande problema enfrentado pelos soropositivos são os efeitos colaterais causados pelo tratamento com medicamentos anti-retrovirais.

Tais informações foram reveladas com base em uma pesquisa mundial feita em 18 países, incluindo o Brasil, e realizada pela Iapac (International Association of Physicians in Aids Care) e financiada pela Indústria Farmacêutica Merck & Co. Participaram da entrevista três mil pessoas, onde cerca de 34% dos entrevistados interromperam o tratamento por causa das reações medicamentosas. A conclusão do estudo foi que mais da metade dos entrevistados se preocupava por seus medicamentos poderem causar um ou mais dos seguintes efeitos: mudanças no formato da face ou corpo (58%), problemas gastrintestinais (54%), fadiga ou anemia (54%) e doenças hepáticas (54%).

Efeitos colaterais
- Os anti-retrovirais podem causar alguns efeitos indesejáveis, porém após o primeiro mês de uso do medicamento, esses efeitos podem desaparecer ou ser atenuados. Entre os mais freqüentes, encontram-se: diarréia, vômitos e náuseas e manchas avermelhadas pelo corpo (rash cutâneo).

Outro efeito colateral comum no tratamento com anti-retrovirais é a lipodistrofia (mudança na distribuição de gordura do corpo), causada pelo o uso constante de alguns medicamentos, e diferentemente dos outros efeitos colaterais que são atenuados com o passar do tempo, a diminuição de tal problema, se dá pela prática de exercícios físicos regulares, além da adoção de uma alimentação balanceada e saudável e com pouca gordura.

O médico deve ser visto como um aliado contra os efeitos colaterais. Ele terá alternativas mais viáveis para minimizar os problemas causados pelos anti-retrovirais. Contra o rash, por exemplo, uma reação alérgica comum para quem toma Nevirapina, a indicação de um anti-alérgico vem sendo um alívio para várias pessoas. Enquanto que para a diarréia e as freqüentes intolerâncias gastrintestinais, outras medicações e hábitos alimentares mais saudáveis apresentam uma excelente melhora.

Acesso aos medicamentos - Desde novembro de 1996, o Sistema Único de Saúde (SUS), dispõe gratuitamente de medicamentos anti-retrovirais a todos os que necessitarem. Ao todo são 16 anti-retrovirais definidos pelo Programa Nacional de DST e AIDS disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Esses medicamentos ajudam os pacientes soropositivos a viver e conviver melhor com a doença, evitando assim, a ocorrência de infecções por doenças oportunistas que se aproveitam do enfraquecimento do sistema imunológico.

Além do uso dos ARV, há serviços de apoio especial e acompanhamento aos portadores do vírus HIV, oferecidos também na rede de saúde pública, os chamados CTA´s (Centro de Testagem e Aconselhamento).

Co-responsabilidade - O preconceito tem sido um dos principais problemas enfrentados pelos portadores do vírus HIV. Além da preocupação de que outras pessoas venham a saber de seu status de soropositivo, a exclusão social, falta de dinheiro, desemprego, habitação inadequada, uso de drogas, sentimento de isolamento, solidão e a depressão também são problemas comuns entre portadores de HIV, prejudicando, assim, a continuidade do tratamento.

Seguir o tratamento corretamente, tomando todos os medicamentos de acordo com a prescrição médica, na hora certa e da forma adequada é o fator mais importante no sucesso do tratamento anti-HIV. Recente pesquisa nacional realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostra que pelo menos 27% dos pacientes não seguem corretamente as prescrições médicas.

Mas, por que a adesão ao tratamento é tão importante? No caso da AIDS, a não adesão faz com que os remédios percam a eficácia, a carga viral aumente e a doença avance, limitando futuras possibilidades de tratamento do paciente. O apoio da família e dos amigos é fundamental.

Cada detalhe é importante. Alguns remédios, por exemplo, precisam ser tomados durante a refeição, para garantir que o corpo absorva tudo devidamente. Outros precisam ser ingeridos de estômago vazio, em um certo horário antes ou depois das refeições e não tomar os remédios ou tomá-los de forma errada, de maneira que sejam pouco absorvidos pelo organismo, causa resistência aos mesmos. Isso porque o HIV pode vir a desenvolver resistência a um medicamento caso o nível dele no sangue for baixo demais para impedir o vírus de se reproduzir.
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A importância da prevenção do câncer de mama
Por Regiane Moreira

Câncer é a designação dada a todos os tipos de tumores malignos. No caso do Câncer de mama, os mais comuns são: O carcinoma-câncer lobular que começa nos bulbos (pequenos sacos) que produzem o leite; o câncer dos ductos, pequenos canais que levam o leite dos lóbulos para o mamilo (papila) e o sarcoma que forma-se nos tecidos conjuntivos mamários. De um modo geral é mais comum o surgimento de Câncer de Mama em mulheres com mais de 50, já as jovens com menos de 20 anos raramente têm esse tipo de ocorrência.

O diagnóstico da doença se dá por intermédio do teste de palpação, que consiste em palpar toda a mama, a região das axilas e a parte superior do tronco, em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou endurecimento, ou de alguma alteração no mamilo, e o exame de mamografia, que nada mais é que um Raio X das mamas. Ambos os exames são aconselháveis mesmo sem sintomas aparentes, na intenção de se prevenir.

Na mamografia, o radiologista procura imagens sugestivas de alteração do tecido mamário e dos gânglios das axilas. Algumas mulheres alegam que não realizam estes exames de prevenção pela dificuldade nos postos de saúde, pois na maioria deles não há disponibilidade. Nos convênios particulares a procura pelos exames de prevenção ainda é pequena, segundos os funcionários de clínicas particulares, mulheres só buscam por esses diagnósticos quando já possuem uma idade propícia para a doença.

Detecção precoce - A detecção precoce pode reduzir a mortalidade pelo câncer, pois o tratamento em estágio inicial é freqüentemente menos agressivo do que em estágio mais avançado. O exame clínico é o tipo que mais facilmente detecta a doença. Pela observação visual direta ou assistida podem ser identificados, por exemplo, o câncer de pele, boca, laringe, genitália externa e colo uterino. A palpação é capaz de detectar nódulos ou tumores no seio, na tireóide, próstata, testículos, ovários, pescoço, dentre outros.

Cânceres mais internos necessitam de procedimento e testes como endoscopia, radiografias, ressonância magnética ou ultra-sonografia. Alguns testes laboratoriais como Papanicolau servem para a detecção de câncer de colo de útero, teste de sangue para detecção de cânceres específicos e exame de fezes no caso de câncer no intestino.

Os pesquisadores têm trabalhado para melhorar os métodos de detecção antecipada de câncer, tais como novas técnicas de imagem para descobrir o câncer de mama. Testes genéticos para pessoas de alto risco, com conseqüente aumento da vigilância ou cirurgia profilática para os testes positivos, já estão disponíveis para certos tipos de diagnósticos, incluindo câncer de mama e de intestino. Além disso, estudos genéticos de famílias com uma incidência elevada de certo tipo de câncer tem permitido a identificação de um número de genes relacionados ao desenvolvimento da doença, o que poderia possibilitar a detecção precoce em pessoas com esses genes.

Estudos demonstraram uma relação dos alimentos e nutrientes ingeridos com muitos tipos de câncer. O consumo de frutas e vegetais foram associados com uma redução do risco de variados tipos de tumor. Mas ainda não se conhece que componente específico das frutas e vegetal é responsável por essas associações observadas. Por outro lado, o consumo de carne vermelha, tem sido associado com um grande risco de câncer de intestino.

Prevenção - O melhor "tratamento" contra o câncer é a prevenção. Prevenção é aqui definida como a redução da mortalidade causada pela doença, por meio da mudança no estilo de vida e exposições ambientais, e é claro pelo tratamento bem-sucedido de lesões pré-cancerígenas.

O achado mais consistente, após décadas de estudo, foi a forte associação do tabaco ao câncer em várias localidades. Outros exemplos de fatores de risco para o câncer incluem o consumo de álcool (associado com um risco aumentado para câncer de boca, esôfago e outros), sedentarismo (associado com aumento do risco para câncer de intestino, mama e possivelmente outros tipos) e a obesidade (associado com câncer de intestino, mama, endométrio, e possivelmente outros).

Portanto, evitar o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo, o tabagismo e manter o peso corporal recomendado contribuem para a redução do risco de certos tipos de câncer. Outros fatores de estilo de vida e ambientais reconhecidos por afetar o risco de câncer incluem certas práticas de relação sexual e reprodutiva, uso de estrógenos, exposição à radiação ultravioleta, certos produtos químicos, e agentes infecciosos.

Grandes esforços têm sido feitos em busca de vacinas para a prevenção de infecções por agentes oncogênicos (como por exemplo, o vírus do HPV, cuja infecção predispõe ao câncer do colo do útero) e de terapia genética para pessoas com mutações genéticas que as colocam em alto risco para o desenvolvimento de câncer.

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Cuidado: má alimentação pode causar diabetes
Por Roberta Aquino

Muitas vezes os portadores de diabetes não imaginam que tenham a doença e quando menos se espera os sintomas desagradáveis começam a aparecer. Em muitos casos o desenvolvimento da diabete se dá a mal alimentação incluindo excessos e gorduras. A diabete é uma doença grave que não tem cura, que se desenvolve quando o corpo torna-se incapaz de usar e armazenar glicose (tipo de açúcar). O pâncreas fabrica pouca ou nenhuma insulina, e com isso a taxa de açúcar no sangue sobe muito. Existem dois tipos de diabetes; Tipo I, quando o corpo pára completamente de fabricar insulina, - acontece principalmente em crianças, adolescentes e adultos jovens com menos de 20 anos de idade -, e o Tipo II, quando o corpo ainda produz insulina, mas não o suficiente para combater a taxa de açúcar no sangue.

Os maus hábitos alimentares também levam as pessoas a desenvolver a Diabetes. O consumo de alimentos ricos em carboidratos, constituídos basicamente de açúcar (sacarose) tem que ser moderado ou muitas vezes até cortados da dieta alimentar, isso porque os alimentos ricos em açúcar, como doces e refrigerantes, de maneira geral, elevam mais rapidamente a glicemia e, quando consumidos em excesso são associados à formação e depósito de gordura no corpo, podendo elevar a taxa de glicose no sangue.

Segundo a Médica Nutricionista, Dra. Márcia Duarte, grande parte de seus pacientes vem desenvolvendo a doença por não cuidar da alimentação diária. “Atendo diariamente pacientes que não sabem que têm a doença e desconhecem os sinais de alerta que o corpo dá e continuam se alimentando mal, agravando o nível da doença. Costumo ensinar aos meus pacientes o conceito de plano alimentar que envolve mudança do hábito para uma alimentação adequada. O plano alimentar é o que todos nós devemos adotar para nos mantermos saudáveis e nos prevenirmos das doenças”.

A diferença entre o diet e o light - O alimento DIET, é o alimento modificado, em que um ingrediente é substituído por outro, por exemplo, o açúcar pelo adoçante, sendo assim indicado para o diabético.

Já o LIGHT contém uma porcentagem menor de um ingrediente (por exemplo: gordura, açúcar) e nem sempre é indicado para o diabético.

Como a diabetes age - Há dois fatores responsáveis pelo aumento do açúcar no sangue. O primeiro é o que você come – o conteúdo de carboidratos na sua dieta. O segundo fator é o que é chamado de hepático, ou produção de glicose do fígado. A insulina abaixa o açúcar. Se o organismo não tiver insulina suficiente, o açúcar sobe, causando assim os sintomas mais freqüentes da doença como; boca seca, intensa sensação de sede, urina em excesso, sensação de muita fome a toda hora --e, apesar disso, o doente emagrece bastante.

“Depois que mudei a minha alimentação o uso dos remédios reduziu bastante e não senti mais os sintomas de mal estar que sentia com freqüência antes”, Disse o aposentado Alberto Néri, 67 anos, diabético tipo I há dez anos - descobriu que tinha a doença por perder muito peso em pouco tempo, mesmo se alimentando normalmente-. Ele mudou todo o cardápio, do café da manhã ao jantar seguindo a risca a dieta, com isso ele consegue manter não só a diabete controlada como o nível do colesterol, que muitas vezes vem acompanhado com a doença.

Frutas x Gordura - A Dra. Márcia Duarte explica que “as frutas como a banana, laranja, maçã, auxilia na ingestão de fibras, e são ricas em potássio, minerais que auxilia na manutenção dos valores normais da pressão arterial ajudando a manter a taxa de glicose no sangue. Por outro lado, é preciso tomar cuidado com as gorduras saturadas, presentes nas carnes e em alimentos de origem animal, e com as gorduras vegetais hidrogenadas, presentes principalmente nos produtos industrializados. Tais gorduras são capazes de elevar as concentrações de colesterol e triglicérides na circulação sanguínea, favorecendo complicações cardiovasculares”.

No tratamento de pessoas com hipertensão associada ao diabetes, é recomendado o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras, que também é indicada na redução do consumo da quantidade de sal. As verduras e legumes são ricos em fibras e responsáveis pela absorção mais lenta de glicose, o que é muito interessante no controle da diabetes.


Complicações da diabetes - Para crianças e adultos com diabetes, controlar o açúcar no sangue é a chave para evitar as complicações da doença, como a cegueira, falhas nos rins, danos aos nervos e doenças cardíacas. Praticar exercícios também ajuda a controlar a taxa de glicose e com isso, pacientes estão tendo vidas mais ativas e prolongadas.

Dicas de nutrição para diabéticos
  1. Faça 5 a 6 refeições ao dia (café da manhã, almoço, jantar e lanches nos intervalos).
  2. Nos lanches opte por leite ou derivados ou uma porção de fruta.
    Coma alimentos ricos em fibras: verduras e legumes (crus e cozidos) e frutas.
  3. Não exagere na quantidade de frutas numa mesma refeição.
  4. Cuidado com alimentos LIGHT, eles podem conter açúcar.
  5. Cuidado com água tônica, apesar do sabor amargo, contém açúcar, só beba na versão diet.
  6. Consulte periodicamente seu médico e tire suas dúvidas com o mesmo ou nutricionista.
  7. Pratique exercícios físicos regularmente.
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Erro médico e suas conseqüências
O crescente aumento de vítimas de erros médicos tem preocupado pacientes, que não se sentem tão confiantes ao procurar um especialista
Por Daniele Meloni

Ao procurar ajuda médica muitas pessoas estão se transformando de pacientes a vítimas de erros médicos. Com isso a cada dia vem crescendo a procura por escritórios de advocacia e associações de vítimas de erros médicos. Esse aumento de vítimas pode ser ocasionado por má-formação acadêmica ou devido ao caos enfrentado na rede pública de saúde. Esse é um mal que afeta gravemente a vida do paciente, e em alguns casos pode levar a morte.

Dados informados pela advogada Célia Destri, fundadora da Associação de Vítimas de Erros Médicos, também conhecida como Avermes, apontam os erros médicos mais comuns como sendo a cirurgia plástica seguida pelo parto, que somam 40% dos processos em andamento atualmente no país. Normalmente esses processos são abertos com embasamento no Código de Defesa do Consumidor, entretanto, alguns juízes exigem laudo pericial para o andamento do processo. Segundo a advogada, isso é redundante já que constam todas as informações no prontuário de internação. Na associação são atendidas em média dez pessoas ao dia, o que mostra o elevado número de vítimas de erro médico, sendo que o maior número de processos em andamento é contra a rede pública de saúde.

Negligência médica - Entretanto não é somente a rede pública que ocasiona graves seqüelas em pacientes que buscam por atendimento médico. Nilza Maria Meloni, 60 anos, procurou pelo plano de saúde o qual era conveniada em abril de 1997 por constatar num auto-exame que escorria um líquido escuro de seu seio esquerdo. O médico que a atendeu – que coincidentemente é o proprietário do convênio - por diversas vezes negou-se a autorizar o exame de mamografia, prescreveu medicamento errado a paciente que o tomou durante oito meses e a fez acreditar que o problema era psicológico. Como não obteve melhora com tratamento prescrito, Nilza procurou por um hospital público, após o exame foi constatado um tumor maligno no seio. A paciente sofreu duas cirurgias e ao terminar o tratamento – radioterapia e quimioterapia – Meloni procurou pela Associação de Vítimas de Erros Médicos de São Paulo e hoje tem uma ação judicial contra o médico e o convênio. Nilza se considera vítima de negligência médica e desabafa – “Sei que existe corporativismo entre os médicos, mas não vou desistir, creio que a justiça de Deus nenhum homem pode comprar”.

Seus direitos - Seguindo o exemplo de pacientes que procuraram a associação, o caminho para quem sentir que sofreu de erro médico é primeiramente conseguir uma cópia do prontuário no hospital - o que é um direito de todos os pacientes de acordo com o artigo 70 do Código de Ética Médica - recolher todos os documentos que envolvem o caso como resultados dos exames e os relatórios médicos, e em seguida contratar um advogado. A batalha judicial não termina tão cedo, mesmo após ganhar o processo à vítima terá que aguardar o advogado dar entrada em uma ação de execução, cobrando a dívida, o que pode demorar de três a quatro anos. “As pessoas desanimam porque não acreditam na Justiça, mas não há vitória sem luta” afirma a presidente a Avermes Célia Destri.
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Planos de saúde dão dor de cabeça a consumidores
Convênios particulares estão entre os que mais recebem reclamações, que vão desde o atendimento, até os reajustes abusivos
Por Roberta Aquino

Todo mundo conhece uma história dessas: o consumidor fica doente, mas não consegue utilizar o plano de saúde que se nega a autorizar exames ou cirurgias, alegando que há abuso e desconhecimento do contrato. A briga se arrasta, enquanto o doente espera. As reclamações dos particulares demonstram insatisfação no atendimento e nas mensalidades. As notícias sobre o assunto, o número de reclamações e de ações judiciais sobre planos de saúde ilustram bem a grave situação de seus usuários.

Os planos de saúde têm um longo histórico de reclamações. No Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), os convênios lideram o ranking de queixas há oito anos. Os aumentos abusivos, as exclusões de coberturas, a falta de fiscalização do setor, entre muitos outros abusos, continuam aí para usuários que têm contratos antigos e para os que têm novos.

Abuso em preços - A relação entre usuários e operadoras continua conflituosa, para os idosos o abuso dos preços é evidente e a qualidade do atendimento é duvidosa. Os convênios particulares continuam aumentando os preços, principalmente para as pessoas idosas, desrespeitando o estatuto do idoso que proíbe reajustes dos serviços para quem tem mais de 60 anos que passou a vigorar a partir de janeiro de 2004, mas que ainda não é respeitada.

Quando mais se precisa do plano de saúde, mais se tem que pagar por ele. É o que concluiu o aposentado Antônio Marcos dos Santos, de 69 anos, com um contrato que já dura 20 anos, ele vem sofrendo os maiores reajustes justamente agora, que a renda diminuiu e a necessidade de atendimento médico aumentou.

A interferência dos planos de saúde no trabalho dos médicos acaba prejudicando os pacientes, pois muitas vezes os profissionais da área deixam de pedir determinados exames, a pedido das operadoras, porque são caros e geram despesas. Um exemplo disso é a tomografia computadorizada (expõe o relevo do corpo e permite aos médicos concluir pela existência ou não de doenças com base na análise da anatomia), é um dos exames mais caro, que custa cerca de R$ 3.500,00 e os convênios de saúde muitas vezes não cobrem seu custo e o paciente, quase sempre, precisa desembolsar grande parte do valor para realizar o exame.

Insatisfação - A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) divulgou no mês de setembro uma pesquisa feita com usuários de planos de saúde que aponta que, dependendo da empresa, até 48% dos clientes querem mudar de plano. O impedimento, segundo a associação, são os prazos de carência exigidos na troca de convênios.

A principal queixa entre os 1.266 entrevistados é a negativa de atendimento, nos casos de exames e cirurgias, apesar do pedido do médico. Outra reclamação constante é a cobrança do chamado cheque-caução, que é proibido nos casos de usuários com as mensalidades pagas.

Como contratar um plano de saúde - Para o consumidor é fundamental saber escolher bem o plano de assistência médica, antes de assinar o contrato, para se evitar uma surpresa desagradável justamente no momento em que mais se precisa dele.

Segundo a Gerente de atendimento do Procon – Sé -, Ana Carolina Gusmão, “a falta de leitura do contrato ainda é um dos principais erros cometidos pelos usuários, pois nele se encontram informações importantes como cobertura e carência. Para evitar aborrecimentos e surpresas desagradáveis é importante que o consumidor antes de assinar o contrato exponha na entrevista, realizada antes do fechamento com o plano, todas as condições de saúde para saber se o plano faz a cobertura ou não. E para finalizar, lembrar que existem dois tipos de reajustes; o anual, que é feito pelo governo, e por faixa etária, neste o reajuste já está previsto no contrato”.

Para saber qual é a documentação necessária para realizar uma reclamação acesse o site do Procon
ou ligue 151.
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Saúde pública: a busca para solução
Melhorias no Sistema Público de Saúde têm agradado a população paulistana
Por Daniele Meloni

Atendimento médico sem sair de casa? Consulta e exames marcados por telefone? Atendimento rápido? Serviço de transporte emergencial? Há alguns anos isso seria praticamente impossível. Mas agora é uma realidade. O Serviço de Saúde Pública, desde sua criação legal através da Constituição Federal de 1988, passou e ainda continua passando por uma série de modificações, implementações e melhorias.

Antes da criação do SUS - Serviço Único de Saúde, não havia garantia de assistência integral e gratuita para toda a população. Hoje poucos cidadãos têm o conhecimento dos seus direitos e de novos projetos implantados pelo governo do seu estado. Um exemplo é a AMA - Assistência Médica Ambulatorial um serviço realizado para portadores de patologias de baixa e média gravidade nas áreas de clínica médica, pediatria, cirurgia geral e ginecologia, cujo intuito é diminuir a sobrecarga dos hospitais públicos. Atualmente o programa mais conhecido oferecido pela a unidade básica de saúde é o programa Saúde da Família, que consiste na porta de entrada do SUS. Os agentes de saúde vão até a residência dos pacientes inscritos no programa, fazem uma triagem e dão o atendimento necessário.

Falta de informação - Quando o assunto é saúde pública as reclamações da maioria dos usuários dos hospitais públicos são muitas; faltam bons médicos, remédios, manutenção dos equipamentos e mau atendimento. Segundo a usuária do hospital público em Itapecerica da Serra, a secretária, Viviane Soares – “a dificuldade é geral, desde o atendimento até a marcação de consulta. A relação entre médico e paciente é ruim, pois a maioria não examina da forma como deveria e acabam passando um remédio errado ou que não tem disponível no hospital”. Para as pessoas que dependem deste serviço ainda é muito difícil encontrar hospitais públicos que ofereçam o direito de ter uma boa qualidade no tratamento médico. Para Viviane, o ideal seria divulgar melhor o Ama já que a maioria da população desconhece o programa e não utiliza.

Sobrevivência - Para o Hospital Geral do Grajaú, um dos mais movimentados da capital, os problemas não são diferentes. Devido ao grande número de pacientes, redução do número de funcionários, principalmente de auxiliares de enfermagem, o quadro chega a ser desolador, os pacientes são obrigados a passar horas nos corredores para serem atendidos. Segundo a Auxiliar de Enfermagem Lílian Azeredo, antigamente os pacientes ficavam nos corredores, chegava a ser 40 macas distribuídas ao longo dos corredores, e o momento da medicação era um grande perigo, uma vez que a medicação poderia ser administrada para a pessoa errada. Com a nova administração, a espera no corredor foi proibida, porém o número de pacientes continua crescendo, a espera de um atendimento digno. Cogita-se a possibilidade de construir um novo Hospital na região de Parelheiros com um maior número de profissionais qualificados, o que nesse momento, daria um melhor suporte para a região.

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AMA se destaca na qualidade do atendimento Junto com o programa saúde da Família
Por Moises Vieira dos Santos

A AMA (Assistência Médica Ambulatorial) tem como prioridade o atendimento não agendado de portadores de patologias de baixa e média gravidade nas áreas de clínica médica, pediatria, cirurgia geral e ginecologia, cujo intuito é a medicina preventiva e a diminuição da sobrecarga dos hospitais públicos. O objetivo das AMAs é ampliar o acesso de pacientes que necessitam de atendimento imediato, racionalizar, organizar e estabelecer o fluxo de pacientes diminuindo as longas filas para as UBSs (Unidades Básica de Saúde), Ambulatórios de Especialidades e Hospitais.

O serviço atualmente mais oferecido pela AMA é o Programa Saúde da Família (PSF), criado pelo Ministério da Saúde em 1994. Este trabalho é realizado por uma equipe de saúde e o programa conta com a ajuda dos agentes de saúde que são o elo entre a população local e a equipe médica. Justamente por morarem na região que trabalham, os agentes de saúde vão até a residência dos pacientes inscritos no programa, fazem uma triagem e dão o atendimento necessário aos mesmos, realizando assim um diagnóstico da região e da população, traçando diretrizes que poderão prevenir doenças e epidemias.

O PSF prioriza as ações de prevenção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. O atendimento é prestado tanto na unidade básica de saúde como em domicílio, por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde, que compõem as equipes de Saúde da Família. Dessa forma, esses profissionais e a população acompanhada criam vínculos, o que facilita a identificação e o atendimento aos problemas de saúde da comunidade.

A Dra. Janina, Clínica Geral da AMA Jd. dos Reis, zona sul da capital, acredita que atendimento médico não se resume apenas ao consultório médico: “Nem tudo é centrado no médico, porque a rede básica trabalha não só com a doença e sim com a saúde, e nós queremos em primeiro lugar preservar a saúde”, declara a doutora.

Infelizmente um dos pontos cruciais é a falta de divulgação desse serviço por parte da Secretaria da Saúde. Pessoas como a dona de casa, Nice Aparecida, desconhece este novo posto de atendimento. Segundo ela, usuária a quatro anos da rede pública de saúde, nunca ouviu falar sobre o programa. Com a falta de campanhas para divulgação os usuários ficam sabendo por intermédio de pessoas que já usaram a Assistência Médica Ambulatorial e ficaram satisfeitos com o atendimento das unidades.
Como este bom atendimento não chega ao conhecimento de todos, muitas reclamações são feitas pelos usuários dos hospitais públicos por causa da falta de médicos, remédios e mau atendimento.

Um comentário:

  1. dr.esau gostei do comentario que fez porrisso pesquisso tudo sobre o senhor parabéms

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