Relacionamento entre chefe e funcionário, um desafio para gestão
Por Wagner Vieira
O relacionamento entre chefe e funcionário sempre foi um assunto delicado para as empresas. O surgimento da crise mundial neste ano fez com pessoas se apegassem mais a seus empregos. Assim mesmo quem nunca comentou estar de “saco cheio” do serviço ou do patrão? As reclamações em torno deste assunto podem variar por características pessoais, por estresse e pela condição de trabalho, é o que revela a psicóloga Regina Medeiros, 40. A inexistência do diálogo, segundo ela, além de causar um grande impasse no relacionamento entre o gestor e colaborador, gera problemas no desenvolvimento do trabalho e na convivência de ambos. Outro ponto que faz com que as pessoas reclamem de seus afazeres refere-se à diferença entre emprego e trabalho, pois a dificuldade em se encaixar no mercado para fazer o que gosta, faz com que os indivíduos busquem um emprego somente para sanar as responsabilidades inerentes a vida social. Nas grandes empresas, o problema é ainda maior, pois a cobrança por resultados chega a ser agressiva, isso no sentido de explorar ao máximo o funcionário, fato que leva a um desgaste muito grande não somente pelo nível elevado das responsabilidades, mas também devido à forma de tratamento por parte do gestor para com seus funcionários.
O confronto entre as duas partes ganha força e tamanho com o número de pessoas inseridas no contexto das divergências dentro do ambiente de trabalho. Mesmo quem não participa diretamente de uma determinada discussão, sente-se indiretamente envolvido, principalmente se o teor da briga estiver relacionado com o desempenho do colaborador. A securitária Joyce Campos, 20, que trabalha na March, localizada no Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, diz que sua principal reclamação ocorre devido a repetição monótona no ambiente de trabalho, que há falta dinamismo em suas atividades e por isso, às vezes, faz reclamações simplesmente por fazer. A jovem conta, que seus companheiros de trabalho fazem outros tipos de queixas, o que segundo ela dificulta para que seu gestor consiga detectar o problema e posteriormente atender às diversas solicitações. A psicóloga Regina, explica que este tipo de comportamento ocorre quando o colaborador já não está suportando a pressão em sua volta e a primeira reação é a insatisfação com tudo.
Outra ramificação dessas discussões envolvendo patrão e empregado se refere ao trabalho doméstico, seja ele o de motorista particular, governanta, faxineira etc. A empregada doméstica Lilian da Silva, 30, diz que o trabalho em si não a deixa irritada, mas sim as reclamações que surgem por parte de seu patrão no dia a dia de suas obrigações. O curioso é que ela trabalha na casa de seu avô e mesmo assim ocorrem problemas de comunicação. “Às vezes não sei se reclamo de meu trabalho, de meu avô ou do meu patrão”. Lílian lembra que no âmbito doméstico existe uma proximidade maior entre patrão e empregado, mas que as cobranças também são exageradas.
A falta de comunicação e respeito ao nível hierárquico, e também no trato pessoal entre patrão e empregado só traz malefícios em todos os aspectos, pois o tempo perdido para a realização de reuniões e/ou simples conversa com o intuito de resolver as pendências e desentendimentos providos de reclamações, reflete na produção e na qualidade do serviço. O caminho mais lógico para sanar essas questões e encontrar saídas cabíveis para uma comunicação melhor, que resulte em pontos positivos a todos é o investimento em treinamentos, explica Regina, principalmente por parte dos gestores no sentido de aprender a entender seus subordinados como pessoa, e não somente como meros produtores referentes ao trabalho.
Por Wagner Vieira
O relacionamento entre chefe e funcionário sempre foi um assunto delicado para as empresas. O surgimento da crise mundial neste ano fez com pessoas se apegassem mais a seus empregos. Assim mesmo quem nunca comentou estar de “saco cheio” do serviço ou do patrão? As reclamações em torno deste assunto podem variar por características pessoais, por estresse e pela condição de trabalho, é o que revela a psicóloga Regina Medeiros, 40. A inexistência do diálogo, segundo ela, além de causar um grande impasse no relacionamento entre o gestor e colaborador, gera problemas no desenvolvimento do trabalho e na convivência de ambos. Outro ponto que faz com que as pessoas reclamem de seus afazeres refere-se à diferença entre emprego e trabalho, pois a dificuldade em se encaixar no mercado para fazer o que gosta, faz com que os indivíduos busquem um emprego somente para sanar as responsabilidades inerentes a vida social. Nas grandes empresas, o problema é ainda maior, pois a cobrança por resultados chega a ser agressiva, isso no sentido de explorar ao máximo o funcionário, fato que leva a um desgaste muito grande não somente pelo nível elevado das responsabilidades, mas também devido à forma de tratamento por parte do gestor para com seus funcionários.
O confronto entre as duas partes ganha força e tamanho com o número de pessoas inseridas no contexto das divergências dentro do ambiente de trabalho. Mesmo quem não participa diretamente de uma determinada discussão, sente-se indiretamente envolvido, principalmente se o teor da briga estiver relacionado com o desempenho do colaborador. A securitária Joyce Campos, 20, que trabalha na March, localizada no Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, diz que sua principal reclamação ocorre devido a repetição monótona no ambiente de trabalho, que há falta dinamismo em suas atividades e por isso, às vezes, faz reclamações simplesmente por fazer. A jovem conta, que seus companheiros de trabalho fazem outros tipos de queixas, o que segundo ela dificulta para que seu gestor consiga detectar o problema e posteriormente atender às diversas solicitações. A psicóloga Regina, explica que este tipo de comportamento ocorre quando o colaborador já não está suportando a pressão em sua volta e a primeira reação é a insatisfação com tudo.
A falta de comunicação e respeito ao nível hierárquico, e também no trato pessoal entre patrão e empregado só traz malefícios em todos os aspectos, pois o tempo perdido para a realização de reuniões e/ou simples conversa com o intuito de resolver as pendências e desentendimentos providos de reclamações, reflete na produção e na qualidade do serviço. O caminho mais lógico para sanar essas questões e encontrar saídas cabíveis para uma comunicação melhor, que resulte em pontos positivos a todos é o investimento em treinamentos, explica Regina, principalmente por parte dos gestores no sentido de aprender a entender seus subordinados como pessoa, e não somente como meros produtores referentes ao trabalho.
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