sábado, 25 de abril de 2009

Os dilemas do futebol feminino

Atletas sofrem com o preconceito e a falta de patrocínio, porém ocupam a terceira posição como melhores da FIFA

Por Gil Macedo

Diferentemente do futebol masculino, que ganhou o seu espaço em campeonatos e copas do mundo, o futebol feminino no Brasil enfrenta dificuldades principalmente com o preconceito e a falta de patrocínio para as atletas.

O Brasil já conta com mais de 36 mil jogadoras registradas, segundo índices da FIFA. Números baixíssimos em comparação ao futebol masculino, mas bastante relevantes por ocuparem a terceira posição no ranking dos melhores da FIFA, enquanto a seleção pentacampeã masculina aparece na sexta colocação.


Foto: Gil Macedo - Jogadoras treinam no Centro Olímpico

Mudança e reconhecimento para as mulheres

Contrariando o decreto regulamentado no regime militar por Getúlio Vargas que proibia a prática de esportes incompatíveis com as condições femininas, podemos observar que as mulheres estão prestando mais atenção a esse esporte que antes era exclusivamente masculino.

Hoje as mulheres não só praticam nas escolas e nos clubes, mas também atuam profissionalmente. Para Alfredo Weiss, técnico de futebol feminino, a falta de apoio às equipes acontece devido a o número limitado de competições que resulta na evasão de jogadoras para outros países.

Nos EUA, o futebol é visto como esporte feminino e o seu reconhecimento vem através dos resultados obtidos em competições oficiais e pela colaboração do governo, que não faz distinção entre o futebol feminino e o masculino.

Repercussões diferentes


Mesmo com o ótimo desempenho na última Copa do Mundo Feminina de 2007 realizada na China, onde Brasil conquistou o vice-campeonato, conseguimos notar a diferença de repercussão entre as copas feminina e a masculina. Porém não podemos esquecer que a equipe brasileira obteve medalhas de futebol feminino nos Jogos Pan-Americanos e Olímpicos.

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