
Comunica Estácio UniRadial: Como conheceu o projeto Folhas Amassadas?
Conversando com meu antigo professor Cláudio Salem, hoje secretário de esportes da subprefeitura do Jabaquara e com o diretor e professor Geremias Mendes conheci o projeto. Foi onde fiquei sabendo tudo sobre o projeto e quais as atividades desenvolvidas nele.
Comunica Estácio UniRadial: Qual o objetivo do projeto?
O projeto visa integrar a escola, a família e os alunos para assim aperfeiçoar o aprendizado destas crianças. Inicialmente o projeto era para as crianças problemáticas dentro da sala de aula; desta forma o pai acompanharia o aluno. Porém na prática o projeto foi estendido para todas as crianças.
Comunica Estácio UniRadial: E como que o jiu-jitsu foi introduzido neste projeto?
São oferecidas diversas atividades para as crianças e seus familiares como futebol, cinema na escola, aulas de inglês e espanhol, reforço escolar; o Geremias me convidou a iniciar as aulas de jiu-jitsu, o Cláudio Salem doou algumas placas de tatame e eu peguei algumas que tinha em casa e iniciamos os treinos.
Comunica Estácio UniRadial: O que você acha do jiu-jitsu solidário, como inclusão social?
O jiu-jitsu ao mesmo tempo em que é marginalizado, é também elitizado na maioria das academias, pois a mensalidade está em torno de 90 a 200 reais, dependendo do bairro e do professor. O projeto é uma forma de colocar o jiu-jitsu ao alcance dessas crianças.
Comunica Estácio UniRadial: E como é o trabalho com as crianças?
O treino é bem descontraído, misturo brincadeiras com as técnicas do jiu-jitsu. O projeto tem atualmente 25 crianças de 6 a 13 anos; o treino é divido em quatro partes: alongamento, aquecimento, parte técnica e combate, sempre com brincadeiras, pega-pega, pula-sela. Eles correm, pulam, dão cambalhotas; eu procuro passar um treino bem descontraído, porque criança tem que se divertir, mas sem deixar de lado os fundamentos do jiu-jitsu.
Já organizamos dois festivais e levamos as crianças para participar do torneio “Lutando pelo bem”, do professor Cícero Costa, que tem um projeto com mais de 200 crianças. Todos eles foram muito bem, o objetivo para esse ano é colocar as crianças para disputar um campeonato da Federação Paulista Jiu-Jitsu - FPJJ.
Comunica Estácio UniRadial: Quais as principais dificuldades que você encontra?
Para quem desenvolve um trabalho voluntário a principal dificuldade é a falta de apoio financeiro, tanto para o voluntário que às vezes tem que tirar do próprio bolso o dinheiro para a condução e lanche, que não é o meu caso, pois moro praticamente ao lado da escola. As condições precárias trazem uma enorme dificuldade para desenvolver um bom trabalho, como a falta de tatame, kimonos para as crianças e uma sala adequada.
Ainda não temos patrocinadores ou colaboradores, então fica um pouco mais difícil alcançar a qualidade ideal para o desenvolvimento das crianças; porém espero que apareçam parceiros para desenvolvermos um trabalho em conjunto e incentivar estas crianças.
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