domingo, 3 de maio de 2009

Perfil variado de visitantes

Por Jorge Miguel

Durante a semana, o público que mais visita a Estação Ciência são estudantes em excursões escolares. Porém, aos sábados, domingos e feriados essa característica muda: famílias inteiras e grupo de amigos são os seus maiores freqüentadores. São visitantes como a dona de casa Maria Aparecida Borges de Souza, que saiu de Osasco, na Grande São Paulo, acompanhada dos 7 filhos (com idades que variam de 5 a 18 anos) para conhecer o museu que viu recentemente na televisão. Ao término do passeio, confidenciou: “O melhor daqui é que vemos tudo na prática, tocando, entendendo o que aprendemos nos livros e na sala de aula”. Para o engenheiro Gustavo Oliveira, que veio acompanhado da filha e de uma amiga, “É o melhor museu de São Paulo, talvez um dos melhores do Brasil” disse. Também encontramos o grupo de escoteiros mirins Tibiriça, de São Bernardo do Campo. De acordo com o responsável pela turma, Marcelo Semedo, o local tem muitas informações e os monitores têm paciência com as crianças. A Estação também recebe grupos escolares, acadêmicos ou particulares aos sábados, desde que estes tenham feito um agendamento prévio.


Alunos da USP são os responsáveis pela orientação na Estação Ciência
Patrícia faz experiência de Física

Os monitores da Estação Ciência são um dos maiores responsáveis pelo sucesso da instituição. Eles são estagiários que estudam na Universidade de São Paulo (Usp) - e entendem bem do assunto, pois utilizam uma linguagem específica para as crianças e outra para os adultos. A Estação realiza um programa semestral de capacitação para os monitores, que participam da oficina de fonoaudiologia para aperfeiçoar suas vozes a fim de evitar os desgastes devido às inúmeras palestras para estudantes, além de terem acesso às pastas com todos os dados do que é exposto na Estação para eventuais consultas. Segundo Marco Antônio, educador da Estação Ciência, o museu conta com 90 estagiários, sendo que 70 ficam na monitoria e o restante na parte administrativa. E sobre os estagiários ele afirmou: “Para fazer estágio aqui o estudante deve ser aluno da USP. O recrutamento é feito de duas formas: a inscrição na própria reitoria da universidade e o processo seletivo, ou seja, selecionamos os currículos, os candidatos fazem uma prova e é realizada uma entrevista”. E nem todos os monitores cursam as áreas biológicas: “Temos estagiários que são estudantes de letras, história e pedagogia, por exemplo”, concluiu Marco. A carga horária dos monitores varia de 10 a 30 horas semanais, de acordo com as exigências dos cursos.

Para a monitora Helen Carlmbanchi, de 21 anos, estudante do terceiro ano de Geociência e Educação Ambiental na USP e que estagia na Estação há um mês, a melhor sensação de trabalhar no local é de sentir-se útil para os visitantes: “Aqui posso transmitir conhecimento e ajudar as pessoas” disse. Já Diego Ramos Machado, de 22 anos, estudante do mesmo curso, completa: “O que mais gosto nesse trabalho é a compreensão do público e a descoberta de um universo novo”. Ainda, conforme Diego, a importância desse estágio em seu curso é essencial: “Na Estação Ciência é possível colocar em prática o que absorvi em sala, além de aprender a lidar com crianças e adolescentes”, concluiu. De acordo com a monitora Cláudia Ribeiro, não há distinção de quem seja mais curioso: “Tanto adultos quanto crianças são curiosos. Quando há excursões escolares, o monitor fica encarregado em explicar o que é exibido na estação e os professores costumam complementar as informações que transmitimos a eles, além de esclarecerem algumas dúvidas conosco” afirmou.

A seguir, assista a um vídeo mostrando um dos monitores em ação e confira um breve perfil desse profissional.







PERFIL

Nome: Patrícia Pereira da Rocha.

Idade: 24 anos.

Curso/Ano: Ciência da Natureza / Quarto ano (último).

Tempo de casa: nove meses (estágio).

A melhor sensação de trabalhar na Estação Ciência: “É divulgar a ciência para todas as pessoas compreenderem as coisas do dia-a-dia e traduzí-la para qualquer pessoa, da criança ao idoso”.

A importância da Estação Ciência em seu curso: “Como faço licenciatura, já aprendo a lidar com as crianças, pois em dias de excursão eu monitoro um grupo de crianças por 30 minutos. Às vezes é difícil, mas é um trabalho satisfatório. Aqui eu vejo tudo na prática e amadureço o meu conhecimento”.

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