A partir de 1970, principalmente, elas substituíram os sacos de papel utilizados para o transporte de mercadorias. Sua distribuição gratuita em lojas e supermercados fez com que se tornassem indispensáveis nas compras, embalando até mesmo o que já está embalado. Segundo a Secretaria do Verde e do Meio do Ambiente, o mundo consome mais de 500 bilhões de sacos plásticos por ano ou um milhão por minuto. Só no Brasil, são produzidos anualmente, cerca de 210 mil toneladas de plástico filme, material utilizado na fabricação dos saquinhos.
Estas sacolas são produzidas com polietileno, um derivado do petróleo cuja queima é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global, além de levar cerca de 500 anos para se decompor. No Brasil 80 % das mais de um bilhão de sacolas distribuídas por mês viram sacos de lixo doméstico e vão parar no meio ambiente.
Já passou da hora de haver uma conscientização em massa da necessidade de reduzir o uso das sacolas plásticas. Várias iniciativas com este fim estão acontecendo no mundo todo.
Foto: Valdirene VieiraAlternativas
Especialistas e empresas estão investindo cada vez mais em soluções para reduzir o número de sacolas desperdiçadas que se acumulam nos aterros sanitários e lixões ou vão parar nos solos e águas causando enchentes, entupindo bueiros ou poluindo e matando animais nos rios e mares, por exemplo.
Embora ainda haja uma grande necessidade de investimentos por parte dos governos já existem alguns programas de grande repercussão com esta finalidade. A distribuição das sacolas retornáveis é um deles: “O consumidor leva e traz sua ecobag sem precisar de novas sacolas a cada compra”, diz Roberta Provatti, assessora de imprensa da Plastivida, instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos.
Desde 2005, as grandes redes brasileiras de supermercado vêm se aderindo a esta iniciativa que visa, ainda, conscientizar os consumidores da importância da utilização adequada destes materiais para a preservação da natureza e do bem estar das pessoas. Só em uma delas a redução do uso das sacolinhas já chegou a 12%. Nela e em todas as demais há uma grande expectativa pelo sucesso destas iniciativas, afinal, uma única sacola retornável substitui até oito sacolinhas comuns.
Mobilizações
No Brasil a recepção dos consumidores às sacolas ecológicas está alcançando resultados animadores. Desde que o programa foi implantado mais de 400 mil ecobags foram vendidas em um grupo de supermercados. “Uso as sacolas retornáveis na maioria das minhas compras e quando tenho que levar os sacos plásticos, sempre os envia de volta para a reciclagem”, afirma a dona de casa Vilma Vieira.
Foto: Valdirene Vieira - Um modelo de Ecobag
Mas ainda é necessário se investir muito na conscientização do consumidor para que aprenda a dizer “não” aos sacos plásticos e principalmente ao seu descarte incorreto. E esta batalha não é só brasileira, há mobilizações no mundo todo contra o uso exagerado das sacolinhas plásticas. Conheçam algumas delas:
Estados Unidos- Em São Francisco, na Califórnia, as sacolas plásticas foram banidas dos supermercados. Elas foram substituídas por sacos de papel reciclado.
Irlanda – Para inibir o uso exagerado das sacolinhas, o governo criou um imposto que já reduziu cerca de 90% do seu consumo.
Alemanha e Taiwan – É preciso pagar para usar as sacolas plásticas. Sua distribuição gratuita é proibida.
Índia - Em alguns estados é proibida a produção, o uso, o estoque, a venda e a distribuição das sacolas plásticas. Podem ser aplicadas penas como multas e até a prisão em quem desobedecer a determinação.
Entre nesta luta
-Opte pelas sacolas ecológicas;
-Evite o uso de embalagens em excesso;
-Caso tenha que usar as sacolas plásticas, encha-as o máximo possível e depois as destine à reciclagem;
- Cobre das lojas e supermercados a distribuição das sacolas retornáveis.
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