Mube apresenta o grafite como arte efetiva e valoriza sua história
Por Esdras Veras Sabóia
Antes essa forma de expressão era vista como rebeldia ou sem importância para alguns, nos dias de hoje o grafite é considerado uma obra dentro das artes visuais, principalmente no que chamam de street art, onde o artista utiliza espaços públicos, criando algo de verdade para interferir na cidade. Há quem pense que o grafite e a pichação têm o mesmo valor, porém há quem diga que são coisas totalmente distintas.
Geralmente, o grafite é feito de uma maneira mais elaborada que a pichação e quase sempre é marginalizado pela sociedade. Temos artistas respeitáveis, como Os Gêmeos, autores de trabalhos em várias partes do mundo. Apesar de grandes obras no estilo, os artistas admitem ter um passado de pichadores.
A palavra Grafite, ou grafito, vem do Italiano graffit (plural de graffito), é o nome dado a inscrições ou imagens feitas em paredes, desde o Império Romano. Era considerada grafite uma ilustração, um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não era para esta finalidade, mas autorizado pelo dono.
O graffiti faz parte da história do hip hop, mas há quem diga que ele foi o primeiro elemento a ser criado na cultura. Na década de 70 as gangues disputavam territórios demarcando becos, muros e trens com seus nomes. Com o passar do tempo essa demarcação foi tomando um caminho complexo e artístico para essa comunidade.
A cultura latina é algo que podemos destacar em todo esse trabalho artístico, os maiores artistas são de países como: Colômbia, Porto Rico e Bolívia; e podemos citar artistas do grafite mundial, Ramon Herrera, Lee Quiñones, Miguel “paco paco” Ramirez, entre outros.
A exposição teve o objetivo de apresentar o grafite como obra de arte e tirar o preconceito imposto a esses artistas, além de abrir o espaço para a divulgação da cultura dos grafiteiros, por se localizar em uma área nobre da cidade, o Mube chama atenção de algumas pessoas de alto nível cultural e social para aprender a conhecer e respeitar essa cultura que já esta no Brasil há 30 anos.
O grafite vem como um dos quatro elementos da cultura Hip Hop, que além do grafiteiro (a expressão da arte e o meio de comunicação), tem o Mestre de cerimônia (Mcs - a consciência e o cérebro), o Break Boy (B. Boy - representada através da dança), o Disc Jockey (Dj - a raiz da cultura). Essa cultura é divulgada no mundo todo, inclusive no Brasil com grande força, conta com rádios, programas, locais para eventos e um público que cresce a cada dia. Por ser uma cultura que vem da periferia das cidades, encontra diversas barreiras para alcançar o seu espaço e ser reconhecido como um trabalho e uma forma de expressão de uma sociedade e seus artistas.
O grafite tem como função apresentar sentimentos, expressões e pensamentos com relação à sociedade, política, música e temas do nosso cotidiano em geral. Há quem diga que o grafite não é uma manifestação de um artista e sim uma rebeldia encontrada pelos jovens para chamar a atenção e de sujar a cidade. Porem alguns artistas vem provando o contrário, e apresentando trabalhos no Brasil e no mundo, sendo reconhecidos como verdadeiros artistas e tendo seu valor reconhecido perante a sociedade mundial.
Por Esdras Veras Sabóia
Antes essa forma de expressão era vista como rebeldia ou sem importância para alguns, nos dias de hoje o grafite é considerado uma obra dentro das artes visuais, principalmente no que chamam de street art, onde o artista utiliza espaços públicos, criando algo de verdade para interferir na cidade. Há quem pense que o grafite e a pichação têm o mesmo valor, porém há quem diga que são coisas totalmente distintas.
Geralmente, o grafite é feito de uma maneira mais elaborada que a pichação e quase sempre é marginalizado pela sociedade. Temos artistas respeitáveis, como Os Gêmeos, autores de trabalhos em várias partes do mundo. Apesar de grandes obras no estilo, os artistas admitem ter um passado de pichadores.
A palavra Grafite, ou grafito, vem do Italiano graffit (plural de graffito), é o nome dado a inscrições ou imagens feitas em paredes, desde o Império Romano. Era considerada grafite uma ilustração, um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não era para esta finalidade, mas autorizado pelo dono.
O graffiti faz parte da história do hip hop, mas há quem diga que ele foi o primeiro elemento a ser criado na cultura. Na década de 70 as gangues disputavam territórios demarcando becos, muros e trens com seus nomes. Com o passar do tempo essa demarcação foi tomando um caminho complexo e artístico para essa comunidade.
A cultura latina é algo que podemos destacar em todo esse trabalho artístico, os maiores artistas são de países como: Colômbia, Porto Rico e Bolívia; e podemos citar artistas do grafite mundial, Ramon Herrera, Lee Quiñones, Miguel “paco paco” Ramirez, entre outros.
A exposição teve o objetivo de apresentar o grafite como obra de arte e tirar o preconceito imposto a esses artistas, além de abrir o espaço para a divulgação da cultura dos grafiteiros, por se localizar em uma área nobre da cidade, o Mube chama atenção de algumas pessoas de alto nível cultural e social para aprender a conhecer e respeitar essa cultura que já esta no Brasil há 30 anos.
O grafite vem como um dos quatro elementos da cultura Hip Hop, que além do grafiteiro (a expressão da arte e o meio de comunicação), tem o Mestre de cerimônia (Mcs - a consciência e o cérebro), o Break Boy (B. Boy - representada através da dança), o Disc Jockey (Dj - a raiz da cultura). Essa cultura é divulgada no mundo todo, inclusive no Brasil com grande força, conta com rádios, programas, locais para eventos e um público que cresce a cada dia. Por ser uma cultura que vem da periferia das cidades, encontra diversas barreiras para alcançar o seu espaço e ser reconhecido como um trabalho e uma forma de expressão de uma sociedade e seus artistas.
O grafite tem como função apresentar sentimentos, expressões e pensamentos com relação à sociedade, política, música e temas do nosso cotidiano em geral. Há quem diga que o grafite não é uma manifestação de um artista e sim uma rebeldia encontrada pelos jovens para chamar a atenção e de sujar a cidade. Porem alguns artistas vem provando o contrário, e apresentando trabalhos no Brasil e no mundo, sendo reconhecidos como verdadeiros artistas e tendo seu valor reconhecido perante a sociedade mundial.
Foto: Esdras Veras Sabóia
Exposição e artistas
A exposição Graffiti Fine Art, que ocorre no Museu Brasileiro de Escultura (MUBE), até 26 de abril, reúne diversos grafites (obras) de artistas como Binho Ribeiro, Does, Dalata, Anjo, Graphis, Cern (Nova York), Chivitz, Nove e Presto.
Durante a exposição um painel de 2,80m x 15m no Espaço Burle Marx, contendo obras de todos os artistas, decora o espaço. O evento consumirá cerca de 500 latas de spray, três latas de 18 litros de látex, rolos e acessórios. A curadoria da exposição ficou a cargo de Binho Ribeiro além de ser autor de algumas obras.
Binho é um dos precursores da cultura do Grafite na América Latina e edita a revista bimestral “Graffiti”. Hoje em dia, tem feito campanhas da Brasil Telecom desenhado figuras para as embalagens do Nescau e já fez a cenografia do Skol Hip Rock, do Criança Esperança e do Coca Cola Vibe Zone.
Does, seu real nome é Fabio, já efetuou trabalhos para a Skol, Nescau, Calvin Klein e Telefônica e fez parte do livro “Graffiti of the Five Continents”.
Dalata é André Gonzaga que grafita desde 1997 e reside em Minas Gerais. Suas obras foram reconhecidas por trabalhos em ruínas, aplicando a ideologia P.A.S.S (Paz, Amor, Saúde e Sorte). Hoje, também é cantor e compositor. Suas obras trazem uma mistura de abstração e surrealismo.
Alexandre Anjo assina suas obras como “Anjo” atua entre suas obras e movimentos urbanos. Seus trabalhos estão em diversos lugares do Brasil e do mundo, seus trabalhos tem um ponto forte que é a sensualidade e detalhes dos movimentos e formas do corpo humano.
Graphis em 1998 foi requisitado para pintar nas ruas o tema Copa do Mundo e fez caricaturas de jogadores. Já fez trabalhos para algumas empresas como ESPN, Nestlé, Gerdau, Rede Globo, Skol Hip Rock, Casa Cor, The House, Ford, MCD, Colorgin, Gás Guaraná Festival, X-Games Brasil e Nike. Recebeu um prêmio na categoria grafite na premiação do Hutuz e obras publicadas nos livros “Cuidados pela Vida”, “O Graffiti na Cidade de São Paulo” e “Por Traz dos Muros, horizontes sociais do grafito”. Colaborou na coordenação de um grupo de grafiteiros em três ações chamadas “Hip Hop Urra!”, no extinto Carandiru
.
Cern é um grafiteiro de Nova York, concentra seu trabalho em murais e em telas e aquarelas. Teve participações em livros como “Burning Nova York” e “Graffiti Mundo”.
Chivitz, já teve sua arte em roupas, tênis e óculos escuros, com parceria de empresas como Adidas, Mad Rats, MCD, Qix e Evoke. Esse artista multimídia iniciou seus trabalhos como tatuador, é skatista e é participante da cultura hip hop.
Nove, apresenta suas obras em telas, madeira, sucata e na rua. Elaborou diversas oficinas e workshops de grafite, além de trabalhos para Colcci, Rede Globo, Itaú Cultural, Ellus e AmBev.
Presto, seu real nome é Márcio Penha, começou a pintar em 1996 e mostra em suas obras as experiências e personagens de uma metrópole. Já morou em Tóquio (Japão) e desenvolveu seus conceitos de arte e bombardeio urbano e estudou na mesmo escola que Speto, Os Gêmeos e Onesto outros grafiteiros de renome.
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